Mais violência sobre os povos Guarani e Kaiowá

23 de Octubre de 2021

[Por: Joaquim Armindo]




A reserva indígena de Dourados, das comunidades Guarani e Kaiowá, são alvo de constantes violências, como as que ocorreram no início de setembro onde três casas do povo Kaowá viu serem queimadas três casas por seguranças privados de fazendeiros. No último ataque que ocorreu, em plena luz do dia, os seguranças privados fizeram disparos com armas e pelo menos mais uma casa de família se viu destruída. Os ataques estão a intensificar-se desde este mês de setembro. As populações indígenas exigem as áreas de terra que lhes foram retiradas e que faziam parte do seu território tradicional, e estão hoje nas mãos de fazendeiros, que paulatinamente vêm reduzindo a área reservada à população indígena. Nesta reserva indígena onde vivem cerca de 20 mil pessoas, confinadas a 3,4 mil hectares é constantemente ameaçada por um “pacote de maldades”: desmatamento, queimadas, expropriação dos territórios tradicionais, monocultura, uso de agrotóxicos e usurpação dos bens comuns, como a água. Os Guarani são conhecidos por diversos nomes Chiripá, Kainguá, Monteses, Baticola, Apyteré, Tembekuá, entre outros, no entanto a sua autodenominação é Avá, que significa “pessoa”. O território do povo Avá, é transversal a vários países como o Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina, que têm os mesmos hábitos nos aspetos fundamentais de sua cultura e organizações sociopolíticas, porém, diferentes no modo de falar a língua guarani, de praticar sua religião e distintos no que diz respeito às tecnologias que aplicam na relação com o meio ambiente. Estes povos reconhecem a origem e proximidade histórica, linguística e cultural e, ao mesmo tempo, diferenciam-se entre si como forma de manter suas organizações sociopolíticas e económicas

 

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