O novo coronavírus e os trabalhadores invisíveis

10 de Abril de 2020

[Por: Paulo Sérgio Pinheiro]




No Rio de Janeiro, na década de 1950, mal notávamos, no Leblon, bairro à beira mar onde eu morava, os barracos nas encostas da Montanha dos Dois Irmãos, que mais tarde se tornariam a favela da Rocinha. Para chegar à Rocinha, você tinha que pegar uma estrada famosa por uma curva dramática, no circuito de carros de corrida da Gávea, então uma das mais perigosas já concebidas. Tive meus únicos vislumbres da favela quando meu pai me levava ali para ver meus ídolos competindo, os pilotos Juan Manuel Fangio e Chico Landi. Os pobres, principalmente negros das favelas, não se misturavam com a classe média alta branca que morava perto da praia. Empregadas domésticas, na maioria negras, só iam à praia nos fins de semana após o pôr do sol, quando os brancos já tinham voltado para casa

 

 

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